Poças em Tardes  
E vi no reflexo desses espelhos no chão, o dia se esvaindo, um azul acinzentado coloria o perfis visíveis e imaginados, um horizonte de sombras semi-escritas, semi-vividas, semi-aprensentadas. Uma sombra gentil apareceu dentro desta moldura, uma poça bem rasa, era uma menina, abriu os braços e saudou o céu cromado, eu vi quando ela sorriu, o azul me mostrou, sem que o cinza reclamasse.

Eu sou um adorador do crepúsculo, e o fim do dia parece gostar de mim.
20:45

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

e quem é não gosta, meu amigo, quem é que não. Estão lindos os textos, cada dia mais.

7:49 AM, janeiro 08, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Sim, o crepúsculo e vc estão imantados numa energia fabulosa. E esta irmanação não é casual. Sabe-se o decantado apreço dos artistas e poetas pela magia do ocaso, convidativa aos vôos meditativos e contemplativos do Espírito, quando a alma se eleva inspirada em sintonia com a natureza que belamente se transmuta no anoitecer. Ah, faz-me lembrar o parnasiano Raimundo Correa no verso “esbraseia o ocidente em agonia...”. Esvai-se o dia e o ser se eleva no reflexo das poças gentis e reveladoras! Mui belo, bjs, bjs!!!

9:12 PM, fevereiro 12, 2006  

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