A Monarquia do Coringa
Joguei as cartas de baralho em minha cama, e o vento que entrou pela janela abriu-me e também a caixa que as guardava, tirei o maço para com os Deuses jogar, e a Luxúria se fez baronesa de Copas, e disse-me no óbvio, que deveria ter me metido e metido dentro dos cofres protegidos contra os suspiro e as paisagens, onde com Espadas de Paus e Ouros me encontrasse o bobo da corte sem casa.

Perdi o jogo, o lençol e a graça.

Por abrir a janela e dizer aos céus que meus Ázes vão revoados e revelados no sopro, procurando o Valete de sonhos entre os divinos apostadores, entregando-me fora de meu reinado,exposto e deposto no meu Baronato de Corações, eu sem Rei, sem título, sem jogada.

Ah! Triste coroa de Coringas! Dama descartada.
16:05

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que interessante, uma partida com os Deuses! O baralhamento das cartas é analogia do jogo existencial em que o apostador tenta vencer o reinado do Coringa, dos Deuses que vetam os sonhos do coração no sopro simbólico das cartas metamorfoseadas no recado da impossibilidade, da perda fragorosa de uma jogada valorosa, porém não a derradeira. Triste a coroa e o descarte da dama, mas outras partidas e damas virão! Valete, Frates! Beijos, meu “pessoalíssimo Fernando” Hehehehehe

8:46 PM, fevereiro 12, 2006  

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