No Ir e Vir  
Estradas de ferro nascidas nos sonhos, eu vos acordo em pesadelos, para te encontrarem idas em mim, perdidas assim, eu vos imploro, tragam de novo meu jardim, elevados campos celestes deitem aqui, para passarem as avenidas de outros tempos, como se retornassem alegres das guerras de temperamentos, eu perdi o caminho quando vi você distante, te acho no horizonte, não te perco um instante, devolva-me a calçada, ou a beira-rio desse leito constante, passe por mim, indo e vindo como um caminhante, não pare, avante, ou então se ficar me alcance, estou aqui contigo, e enquanto você aí sem mim. Eu moro no sonho onde as ruas dão todas em ti, ou porque não precisamos fugir, se houver que andar que seja para se encontrar, abraçar e consertar essas vias que te levaram assim.
10:47

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

que lindo... :~

2:21 PM, novembro 05, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Que jogo dialético fervoroso vc faz e perfaz no ir e vir das ‘estradas férreas que nascem dos sonhos’. Sonhos e linhas férreas latejam em ti e jamais hão de fenecer, meu doce Garoto! Aqui fala teu coração clamando pelo perdido, pelo distante, pelo próximo do ‘jardim’ e dos ‘campos celestes’. Ah, metáforas que evocam a ‘calçada’, a ‘beira-rio’ e tanta coisa linda que ponha fim as inúteis ‘guerras de temperamentos’. Ah, se pudéssemos e soubéssemos... Nossa sanha egóica, às vezes, impõe disparates e contradições, o que não se aplica a vc, meu Garoto mais que belo! Vc mora, sim, num sonho infinito onde todos os caminhos fluem e refluem para ti e somente em ti se encontrarem e se abraçarem no ajuste necessário do devir. Obrigada por tantos presentes diários! Saudades de há uma semana refugiar-me no retiro-paz do seu peito imortal de amor e poesia. Beijos.

3:25 PM, novembro 06, 2005  

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