Sol Raia  
Permita-me agradecer o nascer do Sol, o abrir dos olhos, o subir em janelas antigas para anunciar como se amar, o contemplar de rios idos e estrelas decantadas, nos confins de minha morada, meu astro celeste acordou meus passarinhos, beijou o vento com seus sinos e trouxe-me de novo aos líricos caminhos, pairamos duvidosos nas órbitas de muitos sonhos e unidos pela fé dos límpidos motivos, caminhamos carregados pelo amor infinito, eis que tu veio de longe, bem longe, como se saísse de dentro de um eu pequenino, um que não mais existe para tantos outros virem contigo, eu te agradeço oh! Você que raia, dentro dos fontanários de meninos, eu sou mais um rio, que pro mar avança atrás de pares, e lá encontro você como meu sol e ninho.

Num lago de estrelas estagnadas de luz e paz.
18:34

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

ainda vou ler todos...pelo menos deste mes, rs.
abraço e parabens...gostei muito
Mozart

deeeep@hotmail.com

9:07 AM, novembro 01, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Estupefato... Vi teu perfil no orkut e cheguei até o blog maravilhado pelas palavras. Estás de parabéns!

Abração procê!

yesojunior@hotmail.com

12:23 PM, novembro 01, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Ai de mim, que sou uma criatura das trevas! Que tenho a Lua por companheira e o Sol por meu algoz!

Com seu post a claridade me pareceu mais convidativa, mas continuo a preferir os delicados e acalentadores raios de luar.
Abraços.

4:57 PM, novembro 01, 2005  
Anonymous Anônimo said...

Meu Garoto Lindo, que belo anagrama! Será que caibo em mim? Hehe Vc sempre me arremessa para vôos de alumbramento, suspensa nos ares do teu ser eólico. Sim!!! Tua escritura faz do sabor uma festa, como arabescos de sonhos que dançam felizes ao vento: são pedaços vivos do real, da nossa matéria sentida, sofrida e compartida. Lindos dias de sol aromatizados de chuva, apesar dos seus resmungos. Hehe O baralhamento do passado, presente e futuro deixou-nos a mercê de uma carta: o deslumbramento diante da vida, que preconiza a filosofia do hoje, nosso propalado ‘carpe diem’. Saltamos para esse deslumbre, no vislumbre abafado dos medos e das lágrimas vertidas. Atravessamos, de mãos dadas, uma galeria de territórios confidentes inspirados pelos verdes, rochosos e perfumosos prados da tua terra, ponte romântica com o passado, com a história da nossa gente. Como esquecer a paisagem contemplada do Fontão sentados numa pedra secular?? É preciso, porém, navegar para outros portos, para outros pares, para outras águas, para outros braços e abraços. Ainda que uma espécie estilhaçada de crenças e valores irrecuperáveis no plano da razão, podemos ser inteiros, quando evocados pela memória poética, que recolhe as experiências vividas na permanência pungente das lembranças que configuram o existir de qualquer um. Tua arte metaforiza as angústias humanas, donde sobreleva a voz imperecível da poesia, que, como disse Drummond, ‘é uma das grandes consolações da vida e um dos modos de elevação do ser humano’. Meu contentamento é o deslimite da dor: o sol raia em ti novos tempos e auroras em sopros de vida e verdade. Fervida no vinho tinto do teu coração apaixonado pelo imortal Amor, eu faço profunda reverência cósmica para te abraçar e dizer: muito obrigada! Peço ainda na esteira das suas palavras: ‘ama-te como te amo’. Beijos, forever.

5:24 PM, novembro 02, 2005  

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