No sol e na cachoeira
Na foz de cinco quedas, sobre uma pedra de topázio, a seis centímetros acima do calcanhar, começa um metro e meio de uma linda tatuagem, que escorre sete litros de uma cor negra em círculos e traços diabólicos, nomeada como Semente de Números por duzentos sarcedotes, foi contemplada como a única mãe de tudo. E eu a vi inteira, cada detalhe perscrutado como se feita depois de infinitas revisões, numa pérola verde de valores proibidos, porém a preço cabível para meia dúzia de mascates, comprando corpos e vendendo os sonhos em suas bolsas de três volumes, como um sol na foz de sua própria chama, a reter com seu solitário coração ardente, as métricas amorosas para apaixonar nove planetas.
19:03

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Que lindo! Sol e cachoeira são golpe baixo, Mister Maldito! Hehe Vc sabia que eu iria adorar! Genial a poética descritiva no construto detalhado de uma imagem sui generis em estranheza e sedução, a que se denomina mãe da totalidade. A visão se descortina pouco a pouco pela simbólica dos números, das cores, das pedras e pela força de elementos iniciatórios como a tatuagem, os sacerdotes e os círculos diabólicos. Mais impactante é a mundaneidade que se revela ao final no comércio dos sonhos e do sexo que mantém aceso o coração que apaixona tantos outros planetários, porém permanece inerme na solidão da própria chama. Vc nem imagina o que vi... Bjs, sempre.

2:15 AM, outubro 03, 2005  

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